Antes de qualquer decisão estratégica, como uma concessão de crédito ou aquisição de ativos, é preciso entender os riscos. Para isso, entra em cena um processo essencial: a due diligence.
Mas, em um cenário cada vez mais digital, como garantir eficiência, confiabilidade e segurança jurídica nesse processo? A resposta está na comparação entre os dois modelos: tradicional e automatizado. A seguir, mostramos como cada um funciona e por que a automação pode ser um divisor de águas nos processos de due diligence.
O que é due diligence e qual a sua importância?
A due diligence é uma investigação detalhada da situação jurídica, financeira, trabalhista, fiscal e ambiental de uma empresa alvo. O objetivo é reunir informações relevantes que sustentem uma tomada de decisão mais segura.
Ela pode ocorrer em diferentes contextos: concessão de crédito, fusões, aquisições, entrada de sócios ou avaliação de garantias. E pode abranger áreas como:
- Due diligence jurídica
- Due diligence trabalhista
- Due diligence ambiental
Independentemente do tipo, a importância da due diligence está em evitar surpresas futuras. Um exemplo é a descoberta de processos judiciais ou dívidas ocultas que poderiam comprometer uma operação.
Além disso, a due diligence oferece mais transparência, o que fortalece a relação entre as partes envolvidas na negociação. Ao garantir que todas as informações estejam acessíveis e documentadas, a empresa demonstra seriedade e comprometimento com a governança.
Outro ponto importante é que, ao realizar uma due diligence, é possível identificar sinergias, oportunidades de melhoria e até riscos reputacionais, o que impacta diretamente a percepção de valor do negócio.
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Como é feita a due diligence tradicional?
No modelo tradicional, a análise é feita manualmente por escritórios ou departamentos jurídicos internos. É um trabalho minucioso de leitura de contratos, checagem de cadastros e coleta de documentos e informações em diversas fontes — muitas vezes, não integradas.
Esse processo exige esforço concentrado, coordenação entre áreas e, frequentemente, a atuação de diversos especialistas para interpretar os dados. Quando o volume de informações é alto ou há pouco tempo disponível, esse modelo pode gerar gargalos e atrasos.
Por exemplo: em um processo de análise para concessão de crédito para uma cooperativa agrícola, a equipe jurídica pode precisar buscar dezenas de certidões, conferir matrículas de imóveis, investigar processos ambientais e consultar pendências fiscais. Se isso for feito manualmente, o prazo da operação corre sério risco.
Além disso, é importante destacar que a due diligence tradicional, por mais criteriosa que seja, está mais exposta a erros humanos. A omissão de um documento, uma leitura incorreta ou a falta de atualização em uma fonte pública pode comprometer toda a análise.
O que muda com a due diligence automatizada?
A due diligence automatizada simplifica e acelera etapas críticas da análise. Com tecnologia, é possível:
- Integrar dados de fontes públicas e privadas;
- Obter informações relevantes em tempo real;
- Gerar relatórios de due diligence com mais assertividade;
- Apoiar a tomada de decisão com dados estruturados.
Além disso, a automação permite escalar a análise para diferentes tipos de operação sem sobrecarregar o time jurídico.
Outra vantagem é a padronização. Quando os critérios de análise são definidos em uma plataforma automatizada, todas as análises seguem os mesmos parâmetros, o que reduz subjetividades e melhora a governança da área.
A Docket, por exemplo, oferece uma solução completa que conecta a busca automatizada de documentos com o uso de inteligência artificial para análise e interpretação dos dados — tudo com foco em aumentar a eficiência sem abrir mão da segurança jurídica.
Essa abordagem ajuda empresas a manterem seus processos auditáveis e dentro das exigências legais, algo essencial para instituições financeiras e grandes corporações que operam em setores regulados.
A tecnologia pode ajudar em que tipos de due diligence?
Na Docket, a tecnologia pode ajudar a conduzir diferentes frentes de due diligence de forma automatizada:
Due diligence jurídica
Análise de documentos como contratos sociais, certidões negativas, registros em órgãos reguladores e processos judiciais. É essencial para garantir que a empresa esteja regular e apta a negociar.
Due diligence trabalhista
Verificação de ações trabalhistas, FGTS, INSS e passivos ocultos que possam afetar a reputação ou gerar impactos financeiros futuros.
Due diligence ambiental
Análise de licenças, áreas embargadas, notificações de órgãos ambientais e risco de contaminação em áreas rurais ou industriais.
Além disso, é possível fazer uma due diligence específica para o setor da operação. Por exemplo, uma instituição financeira pode estruturar a busca de documentos e informações com foco em garantias reais, como matrículas atualizadas de imóveis, certidões de ônus e débitos municipais, documentos que são decisivos na aprovação de crédito.
Comparativo: tradicional vs. automatizada
Critério | Due diligence tradicional | Due diligence automatizada |
Tempo médio | Semanas a meses | Horas a poucos dias |
Risco de erro humano | Alto | Baixo |
Integração de dados | Manual e dispersa | Automática e centralizada |
Escalabilidade | Limitada | Alta |
Segurança jurídica | Inconsistente | Padronizada e auditável |
Esse comparativo mostra por que muitas empresas estão migrando para o modelo automatizado. O ganho em eficiência operacional, agilidade na resposta e mitigação de riscos jurídicos faz com que a tecnologia se torne uma aliada estratégica nos processos de due diligence.
Conclusão
A due diligence pode ser mais do que um processo burocrático. Com tecnologia, ela se torna uma ferramenta estratégica, capaz de reduzir riscos e ampliar o controle das operações.
A Docket oferece uma plataforma completa para automatizar a coleta e análise de documentos e informações, unificando fontes de dados, padronizando critérios e apoiando empresas em momentos decisivos.
É assim que grandes organizações estão transformando seus processos de crédito, aquisição, parceria e governança — com mais agilidade, inteligência e segurança jurídica.
Quer entender como a automação pode transformar a forma como é feita a due diligence na sua operação? Fale com um de nossos especialistas.