O próximo Plano Safra já está em pauta entre representantes do setor agropecuário, governo e instituições financeiras. A expectativa para o ciclo 2025/26 é de um cenário mais desafiador: juros em alta, menor volume de recursos disponíveis e incertezas quanto à política agrícola para o próximo ano.
Neste artigo, trazemos os principais pontos discutidos por analistas e entidades do setor, com base em informações da Exame. Para quem atua no agronegócio ou acompanha o mercado de crédito rural, é fundamental entender os impactos que esse contexto pode gerar na oferta de alimentos, custos de produção e nas linhas de crédito disponíveis.
Cenário do Plano Safra 2025/26 preocupa o setor
A combinação de uma elevação da taxa de juros, aliada a um possível orçamento mais enxuto, acendeu o alerta em todo o setor agro. Especialistas apontam que o volume de recursos destinados ao crédito rural pode sofrer um recuo significativo, impactando desde pequenos produtores até grandes operações.
Entidades como a Aprosoja, que representa os produtores de soja, já demonstraram preocupação com uma possível redução de até R$ 15 bilhões no orçamento total do programa. Isso significaria menos R$ 10 bilhões em comparação com o Plano Safra anterior, o que afetaria diretamente o financiamento da ampliação da área cultivada e o combate às pastagens degradadas.
Onde está o dinheiro? Debate sobre fontes de recursos
Com o aumento dos custos e a pressão sobre o Tesouro Nacional, a diversificação das fontes de recursos ganha destaque. Entre as alternativas, estão os aportes de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o uso de letras de crédito do agronegócio (LCAs), instrumentos essenciais para irrigar o sistema de financiamento rural.
Além disso, existe uma proposta em discussão para expandir o programa de seguro rural, elevando o orçamento de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões, como forma de mitigar riscos e dar mais segurança aos produtores.
Impactos nos produtores e no sistema financeiro
Caso se confirme um Plano Safra mais restritivo, as consequências podem ser sentidas em toda a cadeia produtiva. A limitação de acesso às linhas de crédito pode gerar uma desaceleração no ritmo de investimentos e comprometer a oferta de alimentos em médio prazo.
As instituições financeiras também acompanham de perto o cenário. Com juros mais altos, o custo do crédito aumenta e o risco de inadimplência cresce, exigindo análises mais criteriosas e maior agilidade nos processos de liberação de crédito.
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Como a tecnologia pode ajudar nesse contexto
Em um cenário com menos margem para erros e prazos mais apertados, a automação na emissão e análise de documentos do crédito rural se torna ainda mais estratégica. Empresas de tecnologia, como a Docket, atuam diretamente nesse processo, ao facilitar a obtenção e análise de documentos fundamentais para a concessão de crédito agrícola.
Por exemplo, quando um banco precisa liberar recursos com rapidez e segurança, contar com uma solução que automatize a checagem de registros de imóveis, CAR, CCIR e outros documentos essenciais reduz gargalos e ajuda a escalar as operações — mesmo com menos recursos disponíveis.
Para cooperativas, fintechs, bancos e outras instituições que atuam com crédito rural, é hora de investir em eficiência e tecnologia.

O que esperar daqui para frente
O Ministério da Agricultura está em processo de escuta com entidades e lideranças do setor. A expectativa é que o anúncio oficial do Plano Safra 2025/26 ocorra nos próximos meses, mas o setor já se movimenta para garantir previsibilidade e equilíbrio nas decisões.
A discussão está longe de acabar. Fatores como a elevação da taxa de juros, a redução no volume de recursos e a necessidade de manutenção da produção agrícola sustentável seguirão no radar de todos os agentes envolvidos.
Quer entender como a tecnologia pode acelerar e facilitar processos ligados ao crédito rural? Assista ao nosso Docket Talks: